Sou de Algodão: Abrapa integra a cadeia produtiva e promove movimento transformador na indústria
09/10/2019

Matéria-prima indispensável para a criação de diversos produtos, o algodão sempre esteve presente no cotidiano das pessoas, nos quatro cantos do planeta. E o trabalho de anos da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e seus parceiros, é responsável por colocar a produção brasileira em destaque no mercado global e atingir patamares nunca alcançados na história do país.
Nos últimos vinte anos, o Brasil deixou de ser um importador de algodão para consagrar-se um produtor, com reconhecimento nacional e internacional. Segundo dados da Abrapa, em 1999, o país produzia 700 mil toneladas de pluma e era visto como um fornecedor de baixa qualidade e confiabilidade. De lá para cá, esse cenário mudou consideravelmente em relação à quantidade e aos atributos do produto nacional.
A colheita de 2018/2019 foi de 2,8 milhões de toneladas, das quais 2 milhões foram destinados ao mercado externo. Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador mundial da commodity e mantém o status de maior fornecedor sustentável do mundo, ao deixar cada vez mais claro o seu modo de produzir: moderno, produtivo e sustentável.
Para levar a público todo o conhecimento que há sobre a riqueza do trabalho feito com o algodão no Brasil, a Abrapa lançou, em 2016, o movimento “Sou de Algodão”. O projeto mostra os atributos do produto: natural, biodegradável, confortável, macio, versátil, antialérgico, dentre outros. Desde então, ele segue engajando diversos elos da cadeia produtiva da fibra, desde quem trabalha diretamente com a produção, fabricantes de máquinas, implementos e químicos; profissionais da área da moda em suas pesquisas e criações; tecelagens; fiações; marcas, até chegar ao consumidor final de vestuário, cama, mesa, banho e decoração.
Pilares
A boa comunicação do movimento “Sou Algodão” parte de um trabalho sólido desenvolvido pela Abrapa e as suas dez associações estaduais. Juntas, elas definiram quatro frentes de ação: qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção.
A qualidade está ligada à classificação das fibras de acordo com altos padrões e garante bons acordos nas transações com o algodão. A força da sustentabilidade está no selo que o país possui pela ONG Better Cotton Initiative (BCI), da Suíça. Estima-se que 31% da produção mundial da fibra BCI saem de lavouras brasileiras, o que coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking dos fornecedores mundiais de algodão licenciado pela entidade. A BCI é um programa global, presente em 23 países, e referência internacional em licenciamento de algodão produzido sob parâmetros sustentáveis, que levam em consideração aspectos ambientais, sociais e econômicos.
No item rastreabilidade, a entidade criou, em 2004, o Sistema Abrapa de Identificação (SAI). Um código de barras em etiquetas afixadas aos fardos de algodão beneficiado fornece armazenamento e leitura de informações, tornando possível a identificação, em escala nacional, da origem da pluma.
Dentro das ações de promoção, estão, além do movimento “Sou de Algodão”, a participação em eventos nacionais e internacionais, e a presença institucional permanente nos diversos fóruns do setor, como câmaras e conselhos setoriais.
Um dos exemplos mais significativos dessas atividades são as missões Compradores e Vendedores. A primeira traz representantes de indústrias têxteis estrangeiras para conhecer in loco o modelo brasileiro de produção, enquanto a segunda leva produtores do Brasil para ver de perto o destino de sua fibra. Destaque-se também, a presença do algodão brasileiro em importantes eventos de moda nacionais e que se tornaram parceiros do movimento, como a São Paulo Fashion Week (SPFW) e a Casa de Criadores.
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