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O presidente do Sinditêxtil-SP, Julio Scudeler, destacou a importância do congresso ao longo da última década. Para ele, o evento “consolidou-se como um farol para a cadeia têxtil e de confecção”, por reunir conhecimento, tendências e inovações que impactam diretamente a competitividade e o crescimento das empresas do setor. “Além disso, o Congresso proporciona um forte networking a cada edição, o que fortalece a integração da cadeia”, afirma.
O tema da produtividade, eleito como foco desta edição, é questão desafiadora e urgente, na visão do dirigente do Sinditêxtil SP. Ele assinala que, apesar do engajamento das empresas paulistas na modernização e da disponibilidade de mão de obra qualificada, a produtividade não se distancia significativamente da média nacional.
Segundo o Scudeler, dados do Conference Board ilustram o tamanho do desafio: “A produtividade do trabalhador brasileiro equivale a apenas um quarto da produtividade do trabalhador norte-americano, mesmo com uma carga horária média semanal de 39 horas, uma a mais que nos Estados Unidos”. O Brasil ocupa atualmente a 78ª posição em um ranking de 131 países, atrás de nações vizinhas como Uruguai, Argentina e Chile.
Para Scudeler, esse cenário evidencia a necessidade de atacar gargalos estruturais: “Temos que enfrentar a falta de educação básica de qualidade, o ambiente econômico adverso, as dificuldades para investir e, claro, o Custo Brasil”. Ele observa que, dadas as condições atuais, “as empresas paulistas são até muito competitivas”, mas pondera: “É impossível falar em redução da carga horária de trabalho quando a produtividade é tão baixa”.
O Sinditêxtil-SP, segundo ele, está animado em apoiar o 10º Congresso Internacional Abit e espera contribuir para um debate produtivo entre especialistas e representantes do governo. “Estamos especialmente ansiosos por discutir caminhos concretos para elevar a produtividade e, com isso, fortalecer ainda mais a indústria têxtil brasileira”, conclui.
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