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Congresso Abit 2018 - Painel 2: indústria e universidade em prol da inovação

17/10/2018

A “Interação Academia Indústria no Desenvolvimento de Ecossistemas de Inovação” foi o tema do segundo painel do Congresso Abit, que trouxe para o evento a discussão sobre os estímulos mútuos para que companhias e universidades realizem progressos na ciência e tecnologia em busca de solução para problemas dos clientes e da sociedade.

Naira Bonifácio, vice-presidente SCI-BR Foundation, explanou como a fundação quer criar um diálogo possível para que o ecossistema da inovação seja cada vez mais viável para o mercado e para a pesquisa. “Nós conectamos acadêmicos, cientistas e empreendedores. Além de levar a ciência e novas tecnologias para fora do Brasil”, relata.

Ela ressalta que para que haja sinergia entre todas as partes desse processo é necessário que estejam envolvidas pessoas, organizações híbridas, cultura de confiança e colaboração. “As universidades estão se desenvolvendo para entregar a questão empreendedora de forma mais consistente. É algo que está mudando”, concluiu.

Da esq. p dir.: Gabriel Gorescu, Anthony Knopp, Naira Bonifácio e José Roberto Mendonça de Barros

Como modelo de universidade que incentiva pesquisas e negócios, Anthony Knopp, diretor do Programa de Relações Corporativas do MIT, contou como o instituto atua para a promoção da ciência por meio do mercado. “Temos mais de 150 laboratórios e centros de pesquisas que giram em torno de perguntas que não têm resposta”, revelou.

De acordo com a apresentação, mais de 1.600 startups surgiram dentro do MIT e funcionam plenamente. “A relação entre academia e empresa faz com que haja interações com soluções para ambas as partes. Existe muito risco, mas isso faz parte do trabalho”, afirma Knopp.

Para mostrar o vínculo entre empresas e academia na prática, Gabriel Gorescu, diretor de pesquisa e inovação na América Latina da Rhodia, mostra como a indústria pode contar com a colaboração de pesquisadores. “Temos convênios em universidades estrangeiras e hoje no Brasil não temos isso, porém estamos trabalhando para isso. Um exemplo disso é o desenvolvimento do fio Amni Soul Eco, cujo contamos com apoios da academia”, disse.

Gorescu ainda completa: “A interação com as universidades não precisa se dar apenas por bolsas de mestrado e doutorado, podemos fazer convergências diferentes. Algumas missões podem ter interesses em comum, como progresso cientifico e tecnológico. Uma dica: procurem nas universidades competências complementares ao que a sua organização tem”.

VEJA A ENTREVISTA REALIZADA COM A PALESTRANTE DIRETAMENTE DO NOSSO ESTÚDIO NO CONGRESSO ABIT 2018.

*Crédito de imagem: Ricardo Keuchgerian


TAGS: Congresso Abit 2018, Painel 2, universidade, inovação, industria