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Amplificando a experiência do consumidor: Gabriel Zandomênico, da Oficina Reserva, fala sobre a hibridização de produtos e serviços

16/08/2019

A hibridização de produtos e serviços é tema de painel que acontece no segundo dia do Congresso Internacional da Abit. Um dos participantes é Gabriel Zandomênico, CEO e fundador da Oficina Reserva, marca carioca especializada em roupas básicas feitas sob medida, que além de comercializar peças sem estampas, oferece uma gama de serviços para fidelizar seus clientes.

Em entrevista ao site da conferência – que acontece nos dias 22 e 23 de outubro no Minas Trend, em Belo Horizonte – Gabriel conta um pouco sobre essa forma inovadora de aliar produtos e serviços e como essa tendência está mudando o varejo. 

A empresa de Gabriel é um case fora da curva de hibridização. Isto porque a Oficina fez o caminho inverso que a grande maioria das varejistas percorre. A marca começou como uma consultoria de estilo e startup que fabricava camisas masculinas sob medida para seus clientes, realizando os ajustes por meio de um software. “Nós invertemos a situação. Se não temos a verba suficiente para o marketing, vamos lançar um serviço”, explica Gabriel Zandomênico, CEO e fundador da empresa. Os sócios acreditavam que assim as chances de se diferenciar com mais rapidez cresceriam. E foi o que aconteceu.

A Oficina logo conseguiu lançar a marca high tec de roupas customizáveis para o dia-a-dia. Desta maneira, continuou agregando a lógica dos serviços à experiência do consumidor. Hoje, o cliente pode fazer a barba, assistir a uma palestra sobre empreendedorismo e até mesmo tomar um drink dentro de uma das três lojas da marca. O objetivo sempre é responder à seguinte pergunta: “que tipo de serviço o meu cliente já consome em outro lugar e que tenha a ver com o branding da minha marca?”.

Para CEO, a coleta de dados em todos os tipos de compra é essencial para saber qual caminho seguir. “É assim que direcionamos o desenvolvimento de produto e também uma nova carteira de serviços”, explica. E acrescenta: “é sobre experiência com o cliente, de entendê-lo em todos os momentos do dia dele e em todos os contextos em que sua persona possa estar inserida”.

O fim do shopping?

A marca acredita também que a estratégia de hibridização é essencial para aumentar o tráfego de clientes em seus pontos de venda físicos. “Com a chegada do online, é cada dia mais difícil as pessoas irem ao shopping. Acredito que esse modelo de negócios esteja em decadência e o grande desafio do varejo é transformar as lojas em pontos de encontro com os clientes, onde eles vão consumir serviços”, explica o CEO. 


O profissional garante que os varejistas precisam ser criativos. “Antes, éramos presentes apenas na hora em que ele ia comprar um produto. Agora, estamos juntos enquanto o meu cliente está fazendo uma barba, estou presente dentro da casa dele quando ele está recebendo a consultoria de estilo e até mesmo quando realiza um ajuste de costura de uma roupa de outra marca”, finaliza.

Debate sobre hibridização

O painel do Congresso irá abordar a intensificação do emprego de novas tecnologias de produtos, processos, comunicação, entre outras, e a hibridização de produtos e serviços estão promovendo mudanças na estrutura empresarial e estimulando o desenvolvimento de novos modelos de negócio. Junto a Gabriel também se encontram Braz Costa, diretor geral do Citeve e Tulio Landin, CEO da Track & Field.

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